"MIRANDO"

Autor Carlos Silva - 2/21/2009

Chicoteiam nas pedras a explosão da espuma num ritual de ir e vir.
O estrondo provocado pelo impacto me assustou e quebrou o meu encanto reflexivo.
Ao longe, uma embarcação solitaria, deixava-se levar pelo teimoso impulso das ondas.
Sem meta, sem rumo e sem prumo, abandonada a propria sorte, como se não houvesse mais utilidade navegavel.
Agucei os olhos e a vi despadaçada, como se lamentando estivesse pelo descaso de quem tanto um dia, dela dependera-lhe a sustancia do dia a dia.
Quanto tempo de servidão?
Indaguei-me na ansia de obter respostas.
Flutuantes pensares submergidos a incognita do pensar.
Por vezes, somos lançados nos mares do total esquecimento, onde muitos se quer procuram conhecer, tampouco respeitar um pouco da nossa vida e da nossa historia.
E, face ao descaso, começamos despedaçar os nossos proprios rumos.
Mas o importante é sempre navegar, navegar e navegar...

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