Quero, que o mundo(feito uma cachoeira vestida com seu véu de noiva)
venha inundar as mentes, jorrando inspirações vindas do alto céu.
Que façamos a poesia, que tracemos os versos,mas que estes venham
molhados de sensatez e cumplicidade mutua.
Que pratiquemos com habilidades, um pouco(SE NÃO O TUDO) daquilo que
escrevemos para que não sejamos atingidos pelas tempestades de
palavras vazias e enfeites de verbos decorados ou sugados de uma
gramática, que não seja do próprio coração.
Ali sim, fonte de toda beleza na essência da vida do poeta.
Que não sejamos demagogos e medíocres ao pegarmos na pena, ou
comprimirmos os dedos no teclado(frio e distante)
Façamos da poesia oral e escrita, a nossa personalidade, sem
metaforizar algo que nunca vivenciamos. (aí estaríamos sendo
mentirosos e os versos empobreceriam o poema, a rima, o mote, a
glosa, a métrica.
O soneto sem duas quadras e dois tercetos não poderá(JAMAIS) ser
chamado de soneto. Que sejamos assim também, obedeçamos a lógica da
composição, sem ferir um sentimento que aquele que não tem sentido,
nem sinta.
Leio muitos poemas, vejo frases lindas, belas composições, mas vejo
ali, um vazio e me entristeço quando assim compreendo alguns textos.
Mas mesmo assim, sou mais o poeta periférico," GUETISTA" se é que pode
ser classificado assim" que os acadêmicos com suas flâmulas
lingüísticas opacas e sem vida baseados em verbetes de pouca compreensão por aqueles que não tiveram a mesma "sorte" de instrução.
Mas amo a poesia, quando sinto que ela, partiu de um
coração,inundado pelas águas benditas da Santa inspiração de um vate
verdadeiro.
Que façamos nossa parte, sem ferir a nossa arte.
Um beijo em todos. E, é tão sincero esse beijo, que você o sentirá,
se recebê-lo com os olhares poéticos de quem ama a poesia.

CARLOS SILVA
Aprendiz de poeta
Despachador de palavras e bolodórios.
http://bandasdegara gem.com.br/ carlossilvacanta dor