Trazia no seu bucho seres vivos com sonhos, labutas e vontades.
As labaredas engoliram o pássaro, e os seres depositados em seus intestinos padeceram em cinzas. No céu, rasgando as cortinas de um final de tarde, outros pássaros assustados emudeciam o seu estrondoso rugir de fera.
Quem dera, no meu alucinado imaginário, aqueles seres tivessem a mesma mitológica grandeza e assumissem assim, a grandiosidade da Fênix.
Juntei-me ao sentimento de quem nem se quer conhecia e de tantos outros olhos, suguei em prantos, desconhecidas e tristes lágrimas.
O ultimo vôo desse pássaro levou com ele muitos sorrisos, arrebatando esperanças de um futuro promissor. Levou também o descrédito da confiabilidade de voar.
Eu sei que em outros ninhos, estes seres poderão descançar em paz. Mas até quando lembraremos do pássaro vermelho de asas longas?
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