Tácito Penar | POESIA

Autor Carlos Silva - 12/05/2020



Morri no momento em que você não deu valor aos meus versos.
Disfarcei num riso, toda a inesperada decepção. Fiz um poema tão rico, real e lindo.
Denegri a beleza da lua, humilhei o seu brilho e perante a tua beleza, a coloquei secundária.
Comparei, óh minha amada, o cintilar de toda constelação como meros focos espargidos no firmamento, pois para mim, o brilho do teu olhar ofuscava todas as estrelas.
Todavia, desfez-se dos meus versos e com uma fúria nunca por mim presenciada, amassara com tuas mãos enrijecidas e carregadas de um ódio indescritível.
Após jogar meus versos ao chão, abaixei-me sorrindo, disfarçando a dor que só um poeta nesse momento sente.
Um tapa doiría menos que o teu contemplado gesto ao matar, entre os teus dedos, a poesia que fiz para você com todo e mais sincero sentimento.
Morri, mas estes versos jamais serão sepultados.

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13 Comentários

  1. Ainda podemos fazer da poesia, a nossa interação com o mundo.
    CS

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    Respostas
    1. O mundo precisa saber de mais flores e não de armas e guerrras.

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    2. Versos transcendem ao tempo, tal qual o poeta que mesmo quando falece não morre, ascende ao nirvana do cosmo estrelar😊

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  2. Mais do que nunca precisamos de poesia...

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  3. Parabens meu camarada, otimo esse poema.
    O mundo e o nosso pais realmente precisa valorizar a nossa arte e poesia.
    Te admiro imensamente por seu trabalho, sua luta principamente com esse projeto maravilhoso de levar a arte, cultura e poesia a nossa populacao.
    Deus abencoe meu amigo.

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  4. A poesia rega a alma e da voz ao coração através do poeta. Parabéns Carlos Silva.

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  5. 🙏🙏a poesia alimenta a alma...

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  6. Parabéns poeta! Que Deus te abençoe hoje sempre.

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