O Meu Verso | POESIA

Autor Carlos Silva - 12/03/2020




O meu verso traduz a minha imagem recortada e, posteriormente, redigida em particulas de verbos. Se assim não fosse, de que adiantaria escrever? Não tenho pretensão de tornar-me imortal, mas ficaria triste se sepultados fossem os versos que hoje escrevo e que dedico aos meus leitores, disponibilizando-os com todo carinho e apreço nas páginas desta tela fria, porém com um quente sentimento de fidelidade.
Rasga peito meu, exterioriza o expressar do que hoje me passa pela confusa mente de um poeta. Torna-me merecedor da inspiração que me chega de forma sorrateira e pulsante. Faz-me entendedor das conturbadas coisas que por vezes me sufocam. E assim terei a compreensão nítida da vivência agraciada que tive em mais um dia de pensamentos, lutas e sonhos. Fortalece os meus neorônios para que os eletrodos em choques pensantes me tragam uma nova forma de visão poética. Quantas mãos hoje apertei? Quantas me foram sinceras? Quantas mais apertarei? E assim o faço, na busca por um aperto sincero. Torna-me íntegro na solidariedade, e que os meus olhos fitem os outros olhos, para que não nos percamos na sinceridade do seguir. Vida, óh confusa vida, quê diriam agora os meus antecessores de escritas? E aqueles que ainda não me conhecem, qual seria o seu pensamento (autocrítico) a meu respeito? Quero apertar muitas mãos, e, no gélido maio de sampa, poder refletir sobre todas as mãos que já apertei na caminhada até aqui. Os meus amigos... Ah! Os meus amigos.
Por onde andam? Qual a distância que nos separa, ou qual o sentimento que nos aproxima, ao menos no expressar destes tortuosos versos? Tácito... Pensante... Carregado de dubiabilidades ocultas no ôco do meu cerebro, sigo biografando mais um pedaço do ser, que habita em meu ser.

  • Compartilhe:

Veja Também

1 Comentários